sábado, 15 de junho de 2013

Transmissão

A rotavirose pode ocorrer em qualquer idade, embora as doenças sintomáticas predominem na faixa etária de 6 a 24 meses. Em geral, as crianças se infectam nos primeiros anos de vida, sendo que os casos mais graves ocorrem principalmente até os dois anos de idade. Dentre os mecanismos de transmissão do rotavírus, destaca-se a via fecal-oral. 


Estima-se que as fezes de crianças infectadas apresentam altas concentrações desse patógeno, excretados dois dias antes do início dos sinais e sintomas e até 21 dias após esse período. Pessoas infectadas por rotavírus excretam até um trilhão de partículas em 1 ml de fezes, e como a carga viral necessária para infectar o homem é muito baixa (dez partículas), as epidemias são muito comuns.
 


Outras formas de transmissão citadas na literatura são: brinquedos e superfícies de ambientes como pré-escolas e escolas; água, alimentos e objetos contaminados; e secreções respiratórias. Além disso, estudos trazem o rotavírus como uma importante causa de diarreia nosocomial. Portanto, vê-se que esse patógeno possui eficientes mecanismos de exposição universal, os quais ignoram diferenças culturais, regionais e nacionais.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Tratamento

O tratamento da rotavirose é apenas de suporte e alicerça-se na hidratação por via oral e por via endovenosa em casos de vômitos e diarreias graves, o que requer internação.

O tratamento é feito com a administração de bastante água com um pouco de sal e açúcar (soro), para restabelecer o líquidos, mas em casos em que a hidratação por via oral não é suficiente, recomenda-se a hidratação parenteral para se restabelecer os fluidos e eletrólitos.

No entanto, já foi aprovado o uso de Nitazoxanida para diminuir o impacto do rotavírus, e exames laboratoriais mostraram que este medicamento protege as células de danos causados pelo microorganismo.

Além disso, é utilizado oralmente Imunoglobulinas de origem humana em indivíduos com AIDS ou alguma imunodeficiência, pois proporciona uma rápida melhora, declínio da excreção viral e menor permanência hospitalar.

Prevenção e Controle

Diante da importância epidemiológica desse patógeno, a organização mundial da saúde considera a vacinação como intervenção de saúde publica capaz de gerar o maior impacto na prevenção de doenças infectocontagiosas.

Dentre os motivos de consolidar a imunização contra o rotavírus, destacam-se:
- A ocorrência universal da infecção (sem distinções entre países desenvolvidos e em desenvolvimento)
- Por ser uma enfermidade de alto impacto familiar,social e econômico.
- Maior mortalidade por diarréia decorrente do rotavírus em comunidades pobres.

Atualmente existem duas vacinas contra o rotavírus aprovadas no Brasil: Vacina monovalente (sorotipo G1p) disponível nas redes publicas, vacina pentavalente  (sorotipo G1p(5),G2p(5),G3p(5),G4p(5) e G6p (8)). 

A vacina é constituída por vírus atenuado e faz parte do calendário básico de vacinação do sistema único de saúde (SUS) Nacional desde 2006, denominada vacina oral de rotavírus humano (VORH). É oferecida para criança na faixa etária de 6 a 24 semanas, administrada em duas doses de forma oral, sendo a 1° dose aos 2 meses e a 2° dose aos 4 meses de idade.


É necessário citar a importância do poder publico no controle da doença. Fornecendo recursos humanos, saneamento básico (água tratada, controle do esgoto), educação em saúde, realização de atividades incentivando a vacinação e educação sanitária, auxiliando na adequação de hábitos de vida, contribuindo para manutenção e controle satisfatórios, resolutivos e de direito dos cidadãos.


sábado, 8 de junho de 2013

Educação em saúde

A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma que a vacinação é a forma mais eficaz de intervenção de saúde pública tanto para as rotaviroses quando para outras doenças infectocontagiosas. Portanto é imprescindível que os biomédicos em união com outros profissionais de saúde façam intervenções junto à população, orientando-a da necessidade da vacinação com a VOHR.



Devido ao grande contingente populacional que estará presente no Brasil durante a Copa das Confederações e Copa do Mundo em 2013 e 2014, respectivamente, deve haver uma maior abrangência do controle epidemiológico e aplicação da vigilância e educação em saúde.

Os investimentos em saúde para os megaeventos será de aproximadamente 2 bilhões de reais, segundo o ministro da saúde Alexandre Padilha. Além disso, as secretarias estaduais e municipais de saúde estão intensificando a vacinação nas cidades-sede de doenças já erradicadas no Brasil que ainda incidem em outros países, como por exemplo a Tríplice Viral que previne a Caxumba, Sarampo e 
Rubéola.



segunda-feira, 27 de maio de 2013

VACINA (VORH)




A vacina (constituída por vírus atenuados) que previne a doença diarreica causada por Rotavírus Humano faz parte do Calendário Nacional de Vacinação desde 2006, sendo oferecida para as crianças da faixa etária de 6 a 24 semanas, para proteger antecipadamente as crianças da faixa etária de 6 a 24 meses, nas quais se observa maior carga de complicações decorrentes da infecção pelo rotavírus.

A vacina deve se administrada em duas doses de forma oral, sendo a 1ª dose dos dois meses de vida, com idade mínima de um mês e 15 dias de vida (seis semanas) e idade máxima de três meses e 15 dias de vida (14 semanas). A 2ª dose deve ser aplicada aos quatro meses de idade, com idade mínima de três meses e 15 dias (14 semanas) e máxima de cinco meses e 15 dias de vida (24 semanas).


Pode haver algumas reações  assim como outras vacinas, e existe contra indicação para crianças com qualquer história de doença gastrointestinal crônica, inclusive má formação congênita do trato gastrointestinal, crianças com imunodeficiências primárias e secundárias.

Dados Epidemiológicos do Rotavírus


No Brasil os primeiros registros relacionados ao rotavírus ocorreram, em 1976, constituindo-se atualmente a principal causa de diarreia grave em crianças e a segunda causa de morte mundial nos menores de cinco anos. Globalmente, o rotavírus é o responsável, a cada ano, por 114 milhões de episódios de gastroenterite, 24 milhões de consultas, 2,4 milhões de hospitalizações em menores de cinco anos e 611 mil mortes infantis (80% nos países pobres), o que representa 5% da mortalidade infantil mundial. Registros mostram que morrem a cada dia 2.000 crianças com quadro diarreico causado por esse patógeno.

Os dados do DataSUS revelam que no ano de 2006 ocorreram no Brasil 2.236 óbitos por doenças diarreicas em menores de 5 anos. Já os dados de 2008 disponíveis na Sala de Situação do Ministério da Saúde revelam que, nesse ano, ocorreram 47.223 óbitos por doenças infecciosas e parasitárias na população brasileira. Desse total, 3.737 decorreram de diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumida e 1.128, de diarreia em menores de 5 anos, o que representa uma tendência decrescente em relação ao ano de 2006.

Essa doença não acomete somente países periféricos, uma vez que é possível encontrar o rotavírus também em países desenvolvidos, onde as condições de saneamento são satisfatórias (nos Estados Unidos da América , por exemplo). Por isso que, tanto no Brasil, quanto em qualquer outro país é indispensável que haja uma discussão sobre a rotavirose, visto que ela obtêm um alto índice de mortalidade infantil.

Fonte: www.datasus.gov.br